Depois do fenômeno de milhares de bicicletas disponibilizadas em sistemas de compartilhamento, poderemos ter nos próximos anos diversas cidades brasileiras com serviços de compartilhamento de carros elétricos incentivados pelo poder público municipal.
Neste contexto, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou , no dia 29/04, a maior licitação da América Latina para compartilhamento de carros elétricos, com investimentos estimados da ordem de R$19 milhões.
De acordo com a publicação no Diário Oficial do Município, a cidade vai ganhar sistema com 100 carros elétricos, 50 estações de recarga (cada uma com quatro pontos) e 200 vagas de estacionamento exclusivas nos bairros do Centro e da Zona Sul. O processo de implementação deverá ter início já no primeiro semestre de 2016.
Para a prefeitura, o modelo de compartilhamento surge como instrumento inovador para reduzir o uso privado dos veículos e incentivar mobilidade urbana mais ecológica e menos centrada no transporte individual. As empresas que se habilitarem para concorrer deverão apresentar propostas no dia 30 de maio às 11h30 no prédio anexo ao Centro Administrativo São Sebastião (Cass), na Cidade Nova.
“O projeto é muito interessante, pois disponibilizará um serviço que contribui com o bem-estar do cidadão e a mobilidade em uma grande cidade. O cidadão que optar por usar o serviço poderá retirar um carro em uma das estações, usá-lo pelo tempo desejado e devolvê-lo em uma das outras 200 vagas de estacionamento disponíveis na rua e pagar somente pelo tempo utilizado”, explica Rodrigo Reis, sócio da Radar PPP, que, em conjunto com as consultorias PwC, Albino Advogados e IDOM, liderou o consórcio responsável por desenvolver os estudos de viabilidade do projeto.
O projeto não consumirá recursos orçamentários da Prefeitura, pelo contrário. A empresa responsável pelos serviços será selecionada via licitação e deverá pagar uma outorga para a Prefeitura para poder explorar os serviços. Adicionalmente, o projeto foi desenhado de modo a não competir com outras modalidades de transportes (como táxi, ônibus e metrô), pois sua função é fundamentalmente de complementação, em pequena escala, dos serviços de transporte existentes.